terça-feira, 7 de setembro de 2010

MITOS E VERDADES SOBRE O AUTISMO.


Mitos e verdades sobre o Autismo




Por Lucy Santos



Nestes anos de luta, vi muita coisa errada sobre o autismo, algumas me levaram a atitudes que hoje sei serem inadequadas. Muitas desinformações nos levam a problemas emocionais, a dificuldades mil que podem e devem ser evitadas:



O Mito: os autistas têm mundo próprio.

A Verdade: os autistas têm dificuldades de comunicação, mas mundo próprio de jeito nenhum. O duro é que se comunicar é difícil para eles, nós não entendemos, acaba nossa paciência e os conflitos vêm. Ensiná-los a se comunicar pode ser difícil, mas acaba com estes conflitos.



O Mito: os autistas são super inteligentes.

A Verdade: assim como as pessoas normais, os autistas têm variações de inteligência se comparados uns aos outros. É muito comum apresentarem níveis de retardo mental.



O Mito: os autistas não gostam de carinho.

A Verdade: todos gostam de carinho, com os autistas não é diferente. Acontece que alguns têm dificuldades com relação à sensação tátil, podem sentir-se sufocados com um abraço por exemplo. Nestes casos deve-se ir aos poucos, querer um abraço eles querem, a questão é entender as sensações. Procure avisar antes que vai abraçá-lo, prepare-o primeiro por assim dizer. Com o tempo esta fase será dispensada. O carinho faz bem para eles como faz para nós.



O Mito: os autistas gostam de ficar sozinhos.

A Verdade: os autistas gostam de estar com os outros, principalmente se sentirem-se bem com as pessoas, mesmo que não participem, gostam de estar perto dos outros. Podem às vezes estranhar quando o barulho for excessivo, ou gritar em sinal de satisfação; quando seus gritos não são compreendidos, muitas vezes pensamos que não estão gostando. Tente interpretar seus gritos.



O Mito: eles são assim por causa da mãe ou porque não são amados.

A Verdade: o autismo é um distúrbio neurológico, pode acontecer em qualquer família, religião etc. A maior parte das famílias em todo o mundo tende a mimá-los e superprotegê-los, são muito amados, a teoria da "mãe geladeira" foi criada por ignorância, no início do século passado e foi por terra pouco tempo depois. É um absurdo sem nexo.



O Mito: os autistas não gostam das pessoas.

A Verdade: os autistas amam sim, só que nem sempre sabem demonstrar isto. Os problemas e dificuldades de comunicação deles os impedem de ser tão carinhosos ou expressivos, mas acredite que mesmo quietinho, no canto deles, eles amam sim, sentem sim, até mais que os outros.



O Mito: os autistas não entendem nada do que está acontecendo.

A Verdade: os autistas podem estar entendendo sim, nossa medida de entendimento se dá pela fala, logo se a pessoa não fala, acreditamos não estar entendendo, mas assim como qualquer criança que achamos não estar prestando atenção, não estar entendendo, de repente a criança vem com uma tirada qualquer e vemos que ela não perdeu nada do que se falou, o autista só tem a desvantagem de não poder falar. Pense bem antes de falar algo perto deles.



O Mito: o certo é interná-los, afinal numa instituição saberão como cuidá-los.

A Verdade: toda criança precisa do amor de sua família, a instituição pode ter terapeutas, médicos, mas o autista precisa mais do que isto, precisa de amor, de todo o amor que uma família pode dar, as terapias fazem parte; uma mãe, um pai ou alguém levá-lo e trazê-lo também.



O Mito: eles gritam, esperneiam porque são mal educados.

A Verdade: o autista não sabe se comunicar, tem medos, tem dificuldades com o novo, prefere a segurança da rotina, então um caminho novo, a saída de um brinquedo leva-os a tentar uma desesperada comunicação, e usam a que sabem melhor, gritar e espernear. Nós sabemos que isto não é certo, mas nos irritamos, nos preocupamos com olhares dos outros, às vezes até ouvimos aqueles que dizem que a criança precisa apanhar, mas nada disto é necessário, se desse certo bater, todo o burro viraria doutor! Esta fase de gritar e espernear passa, é duro, mas passa. Mesmo que pareça que ele não entenda, diga antes de sair que vai por ali, por aqui etc. e seja firme em suas decisões. Não ligue para os olhares dos outros, você tem mais o que fazer. Não bata na criança, isto não ajudará em nada, nem a você e nem a ele. Diga com firmeza que precisa ir embora, por exemplo, e mantenha-se firme por fora, por mais difícil que seja. Esta fase passa, eles precisarão ver a firmeza do outro.

domingo, 6 de junho de 2010

Inclusão Escolar e Tecnologia Assistiva



      O uso da tecnologia no processo de  inclusão escolar 
    
Ao longo da história, a tecnologia vem sendo utilizada para facilitar a vida dos homens. Para as pessoas com deficiência, a tecnologia é a diferença entre o “poder” e o “não poder” realizar ações.
No processo de inclusão de crianças com dificuldades motoras, o terapeuta ocupacional poderá coordenar:
   
·  Adaptações ambientais como: rampas, barras nos corredores, banheiros e sala de aula, tipo de piso, sinalização dos ambientes, iluminação e posicionamento da criança dentro da sala de aula considerando sua possibilidade visual.
·  Adaptação postural da criança na classe com a adequação da sua cadeira de rodas ou carteira escolar e adequações posturais nas atividades das aulas complementares ou de lazer.
·  O processo de ensino-aprendizagem com a confecção ou indicação de recursos como: planos inclinados, antiderrapantes, lápis adaptados, órteses, pautas ampliadas, cadernos quadriculados, letras emborrachadas, textos ampliados, máquina de escrever ou computador.
·  O recurso alternativo para a comunicação oral com a utilização de pranchas de comunicação ou comunicadores e,
·  A independência nas atividades de vida diária e de vida prática com adaptações simples como argolas para auxiliar a abertura da merendeira ou mochila, ou copos e talheres adaptados para o lanche. 

Inclusão Escolar
O sucesso do processo de inclusão está diretamente ligado à possibilidade de reconhecer as diferenças e aceitá-las. Isso não significa ignorá-las, isso não significa colocar crianças com necessidades educacionais especiais na sala de aula regular e esperar que elas aprendam pela proximidade com seus colegas da mesma idade. Respeitar as diferenças é oportunizar os recursos necessários para que a criança aprenda. Muitas vezes esses recursos serão simples como letras soltas ou textos escritos em letras maiúsculas e outras vezes poderá ser o uso de um computador adaptado.
O Brasil tem hoje, segundo o Censo escolar de 2005 (MEC, 2006), 640.317 alunos com necessidades educacionais especiais matriculados nas escolas do país, portanto esse não é um problema que possa ser ignorado.

MATERIAL CONCRETO

MATERIAL CONCRETO
ALFABETO

FORMAS E CORES

EQUILIBRIO

TORRE EQUILIBRIO

DESAFIO ARGOLA

GAIOLA

ORDENAÇÃO CIRCULO

ORDENAÇÃO QUADRADO

ORDENAÇÃO