domingo, 6 de junho de 2010

Inclusão Escolar e Tecnologia Assistiva



      O uso da tecnologia no processo de  inclusão escolar 
    
Ao longo da história, a tecnologia vem sendo utilizada para facilitar a vida dos homens. Para as pessoas com deficiência, a tecnologia é a diferença entre o “poder” e o “não poder” realizar ações.
No processo de inclusão de crianças com dificuldades motoras, o terapeuta ocupacional poderá coordenar:
   
·  Adaptações ambientais como: rampas, barras nos corredores, banheiros e sala de aula, tipo de piso, sinalização dos ambientes, iluminação e posicionamento da criança dentro da sala de aula considerando sua possibilidade visual.
·  Adaptação postural da criança na classe com a adequação da sua cadeira de rodas ou carteira escolar e adequações posturais nas atividades das aulas complementares ou de lazer.
·  O processo de ensino-aprendizagem com a confecção ou indicação de recursos como: planos inclinados, antiderrapantes, lápis adaptados, órteses, pautas ampliadas, cadernos quadriculados, letras emborrachadas, textos ampliados, máquina de escrever ou computador.
·  O recurso alternativo para a comunicação oral com a utilização de pranchas de comunicação ou comunicadores e,
·  A independência nas atividades de vida diária e de vida prática com adaptações simples como argolas para auxiliar a abertura da merendeira ou mochila, ou copos e talheres adaptados para o lanche. 

Inclusão Escolar
O sucesso do processo de inclusão está diretamente ligado à possibilidade de reconhecer as diferenças e aceitá-las. Isso não significa ignorá-las, isso não significa colocar crianças com necessidades educacionais especiais na sala de aula regular e esperar que elas aprendam pela proximidade com seus colegas da mesma idade. Respeitar as diferenças é oportunizar os recursos necessários para que a criança aprenda. Muitas vezes esses recursos serão simples como letras soltas ou textos escritos em letras maiúsculas e outras vezes poderá ser o uso de um computador adaptado.
O Brasil tem hoje, segundo o Censo escolar de 2005 (MEC, 2006), 640.317 alunos com necessidades educacionais especiais matriculados nas escolas do país, portanto esse não é um problema que possa ser ignorado.

TECNOLOGIA ASSISTIVA E DUCAÇÃO


Porque o termo Tecnologia Assistiva?
 Um texto de Romeu Kazumi Sassaki, escrito em 1996:
ASSISTIVE TECHNOLOGY
Lendo artigos sobre equipamentos, aparelhos, adaptações e dispositivos técnicos para pessoas com deficiências, publicados em inglês, ou vendo vídeos sobre este assunto produzidos em inglês, encontramos cada vez mais freqüentemente o termo assistive technology. 
No contexto de uma publicação ou de um vídeo, é fácil entender o que esse termo significa. Seria a tecnologia destinada a dar suporte (mecânico, elétrico, eletrônico, computadorizado etc.) a pessoas com deficiência física, visual, auditiva, mental ou múltipla. Esses suportes, então, podem ser uma cadeira de rodas de todos os tipos, uma prótese, uma órtese, uma série infindável de adaptações, aparelhos e equipamentos nas mais diversas áreas de necessidade pessoal (comunicação, alimentação, mobilidade, transporte, educação, lazer, esporte, trabalho e outras). No CD-ROM intitulado Abledata, já estão catalogados cerca de 19.000 produtos tecnológicos à disposição de pessoas com deficiência e esse número cresce a cada ano.
Mas como traduzir assistive technology para o português? Proponho que esse termo seja traduzido como tecnologia assistiva pelas seguintes razões:
Em primeiro lugar, a palavra assistiva não existe, ainda, nos dicionários da língua portuguesa. Mas também a palavra assistive não existe nos dicionários da língua inglesa. Tanto em português como em inglês, trata-se de uma palavra que vai surgindo aos poucos no universo vocabular técnico e/ou popular. É, pois, um fenômeno rotineiro nas línguas vivas.
Assistiva (que significa alguma coisa "que assiste, ajuda, auxilia") segue a mesma formação das palavras com o sufixo "tiva", já incorporadas ao léxico português. Apresento algumas dessas palavras e seus respectivos vocábulos na língua inglesa (onde eles também já estão incorporados). Foram escolhidas palavras que se iniciam com a letra a, só para servirem como exemplos.
associativa - associative
adotiva - adoptive
adutiva - adductive
afetiva - affective
acusativa - accusative
adjetiva - adjective
aquisitiva - aquisitive
agregativa - aggregative
ativa - active
assertiva - assertive
adaptativa - adaptive
aplicativa - applicative
Nestes tempos em que o movimento de vida independente vem crescendo rapidamente em todas as partes do mundo, o tema tecnologia assistiva insere-se obrigatoriamente nas conversas, nos debates e na literatura. Urge, portanto, que haja uma certa uniformidade na terminologia adotada, por exemplo com referência à confecção/fabricação de ajudas técnicas e à prestação de serviços de intervenção tecnológica junto a pessoas com deficiência.


Objetivos da Tecnologia Assistiva
Proporcionar à pessoa com deficiência maior independência, qualidade de vida e inclusão social, através da ampliação de sua comunicação, mobilidade, controle de seu ambiente, habilidades de seu aprendizado, trabalho e integração com a família, amigos e sociedade.




Referências sobre Tecnologia Assistiva

Decreto Nº 3.956, de 08 de outubro de 2001. http://www.planalto.gov.br/ccivil/decreto/2001/D3956.htm
Decreto Nº 5.296 de 02 de dezembro de 2004 - DOU de 03/122004.
www.planalto.gov.br/ccivil/_ato2004-2006/2004/decreto/d5296.htm
Ministério de Ciência e Tecnologia.Chamada pública MCT/FINEP/Ação Transversal
Tecnologias assistivas - Seleção pública de propostas para apoio a projetos de pesquisa e desenvolvimento de tecnologias assistivas para inclusão social de pessoas portadoras de deficiência e de idosos. Brasília, setembro 2005
http://www.mct.gov.br/index.php/content/view/10253.html
ACESSO DE ALUNOS COM DEFICIÊNCIA ÀS ESCOLAS E CLASSES COMUNS DA REDE REGULAR
Cartilha da Procuradoria Federal dos Direitos do Cidadão. Brasília, setembro de 2004.
Formato PDF: www.prgo.mpf.gov.br/cartilha_acesso_deficientes.pdf
Portal de Ajudas Técnicas.SEESP/ MEC • http://portal.mec.gov.br/seesp/index.php?option=content&task=view&id=64&Itemid=193

ADA - American with Disabilities Act.: www.ada.gov/pubs/ada.htm
Albert M. Cook e Susan M. Hussey • Assistive Tecnologies: Principles and Pratice, Mosby-Year Book. Missouri, EUA, 1995.
Public Law 100-407 • www.resna.org/taproject/library/laws/techact94.htm
Radabaugh, M.P..NIDRR's Long Range Plan - Technology for Access and Function Research Section Two: NIDDR Research Agenda Chapter 5: TECHNOLOGY FOR ACCESS AND FUNCTION
http://www.ncddr.org/new/announcements/lrp/fy1999-2003/lrp_techaf.html e
http://www.ncd.gov/newsroom/publications/1993/assistive.htm#5
Artigos sobre Tecnologia Assistiva


CEDI • INTRODUÇÃO À TECNOLOGIA ASSISTIVA • Rita Bersch (arquivo em formato PDF - 1,8MB)
PALESTRA CAA • Nadia Browning (arquivo em formato PDF - 2,3MB)


Links para Sites de Tecnologia Assistiva

PORTUGUÊS/ESPANHOL (BRASIL, PORTUGAL, ESPANHA)
CEDI • SENSOFTWARE - ÓTIMO PARA ACIONADORES (gratuito - download de arquivo zipado 4MB - instruções em arquivo txt)
TA • KIT ACESSO
UFRJ • PROJETO DOSVOX
UFRJ • PROJETO LENTE PRO
UFRJ • PROJETO MOTRIX
ACESSIBILIDADE.NET • ACESSIBILIDADE PARA TODOS
REDE SARAH DE HOSPITAIS
NIEE UFRGS • NÚCLEO DE INFORMÁTICA NA EDUCAÇÃO ESPECIAL
PROJECTE FRESSA • SOFTWARE PARA LA EDUCACIÓN ESPECIAL
INFORMATICA PARA ORIENTADORES

Adaptações Curriculares do Aluno Surdo

Adaptações Curriculares do Aluno Surdo
Adaptações curriculares constituem conjunto de modificações que se realizam nos objetivos, conteúdos, critérios e procedimentos de avaliação, atividades e metodologias para atender às diferenças individuais dos alunos.
As adaptações curriculares para atender às necessidades especiais dos alunos surdos podem ser poucas e não constituir alterações expressivas na programação regular, de tal modo que todos os alunos da turma possam delas se beneficiar. Pode-se também realizar adaptações significativas do currículo regular, para atender a condições específicas necessárias, de modo a obter maior participação do aluno nas atividades curriculares comuns e possibilitar o alcance dos objetivos definidos para cada etapa educativa.
As adaptações se distinguem em dois grupos:

Adaptações Metodológicas e Didáticas
Incidem sobre agrupamentos de alunos, nos métodos, nas técnicas e estratégias de ensino-aprendizagem, na avaliação e nas atividades programadas. Dizem respeito a:
. situar alunos nos grupos com os quais possa trabalhar melhor;
adotar métodos e técnicas de ensino-aprendizagem específicas para o aluno, na operacionalização dos conteúdos curriculares, sem prejuízo para as atividades docentes;
. utilizar técnicas, procedimentos e instrumentos de avaliação da classe, quando necessário, sem alterar os objetivos da avaliação nem seu conteúdo;
. propiciar apoio físico, visual, verbal e gestual ao aluno impedido, temporária ou permanentemente, em suas capacidades, de modo a permitir a realização das atividades escolares e do processo avaliativo. O apoio pode ser oferecido pelo professor regente, pelo professor de sala de recursos, pelo professor itinerante ou pelos próprios colegas;
. introduzir atividades individuais complementares para o aluno alcançar os objetivos comuns aos demais colegas, Essas atividades podem realizar-se na própria sala de aula, na sala de recursos ou por meio do atendimento itinerante, devendo realizar-se de forma conjunta com os professores regentes das diversas áreas, a família ou os colegas;
. introduzir atividades complementares específicas para o aluno, individualmente ou em grupo, que possam ser realizadas nas salas de recursos ou por meio do atendimento itinerante;
. eliminar atividades que não beneficiem o aluno ou restrinjam sua participação ativa e real ou, ainda, as que ele esteja impossibilitado de executar;
. suprimir objetivos e conteúdos curriculares que não possam ser alcançados pelo aluno em razão de sua deficiência, substituindo-os por outros acessíveis, significativos e básicos.

Adaptações nos Conteúdos Curriculares no Processo Avaliativo
São adaptações individuais dentro da programação regular, considerando os objetivos, os conteúdos e os critérios de avaliação para responder às necessidades de cada aluno.
Consistem essas adaptações em:
. adequar os objetivos, conteúdos e critérios de avaliação, modificando-os de modo a considerar, na sua consecução, a capacidade do aluno em relação ao proposto para os demais colegas;
priorizar determinados objetivos, conteúdos e critérios de avaliação;
. dar ênfase a objetivos concernentes à(s) deficiência(s) do aluno não abandonando os objetivos definidos para o seu grupo, mas acrecentando aqueles relativos às complementações curriculares específicas, para a minimização de suas dificuldades e desenvolvimento do seu potencial;
. mudar a temporalidade dos objetivos, conteúdos e critérios de avaliação de desempenho do aluno em Língua Portuguesa, na modalidade escrita - considerar que o aluno surdo pode alcançar os objetivos comuns do grupo, em um período mais longo de tempo. Desse modo, deve-lhe ser concedido o tempo necessário para o processo ensino-aprendizagem e para o desenvolvimento das suas habilidades, considerando a deficiência que possui. Por meio dos critérios de avaliação correspondentes, pode-se verificar a consecução dos objetivos propostos ao longo do ano letivo, ou pelo período de duração do curso freqüentado pelo aluno;
. introduzir conteúdos, objetivos e critérios de avaliação - acrescentar esses elementos na ação educativa pode ser indispensável à educação do surdo. O acréscimo de objetivos, conteúdos e critérios de avaliação não pressupõe a eliminação ou redução dos elementos constantes do currículo oficial referentes ao nível de escolarização do aluno.
Algumas considerações são indispensáveis:
. as adaptações curriculares devem ser precedidas de uma rigorosa avaliação do aluno nos seguintes aspectos:
.. competência acadêmica;
.. desenvolvimento biológico, intelectual, motor, lingüístico, emocional, competência social e interpessoal;
.. motivação para os estudos, entre outros que indiquem ser as adaptações realmente indispensáveis a sua educação;
. é imprescindível que se analise o contexto, escolar e familiar, a fim de que possa haver mudanças adaptativas necessárias à educação do aluno;
. as avaliações relativas às condições do aluno e do seu contexto escolar e familiar devem ser realizadas pela equipe docente e técnica da unidade escolar, com a orientação do corpo dirigente, contando com o apoio da DRE/Secretarias de Educação (dirigente da Educação Especial) da localidade, se necessário;
. as adaptações curriculares devem estar contextualizadas e justificadas em registros documentais que integram a pasta do aluno;
. as programações individuais do aluno devem ser definidas, organizadas e realizadas de modo a não prejudicar sua escolarização, seu sucesso e promoção escolar, bem como sua socialização.
Fonte: http://www.ines.org.br



MATERIAL CONCRETO

MATERIAL CONCRETO
ALFABETO

FORMAS E CORES

EQUILIBRIO

TORRE EQUILIBRIO

DESAFIO ARGOLA

GAIOLA

ORDENAÇÃO CIRCULO

ORDENAÇÃO QUADRADO

ORDENAÇÃO